sábado, 22 de agosto de 2009

Recriando-me a Natureza





Recriando-me a Natureza

de Luisa Lincce

O que sou de vida em teu colo verde,
É, de verdade, mais do que te oferto.
E se me recrio em teu solo fértil

É que sempre me acolhes no teu ventre.


E eu? Que faço eu? Como te defendo?
Perdem-te as minhas mãos... Não te liberto,
Nem te abarco... Também não regenero,

Quando te acabo e penso que retenho.


Como te restaurasses no teu sangue,
Renasce em mim, também, oh Natureza!

Que eu seja, enfim, a mão que te orienta...

Porque se tens em ti uma realeza,
É essa de ensinar, na própria seiva,
A quem te nasce e, por fim, te alimenta.

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